segunda-feira, 14 de maio de 2012



A GREVE DOS 20

No decorrer da terceira semana de greve um fato, um tanto inusitado, foi protagonizado por um dito “jornalista” somado a um grupo de “professoras” - se é que esses profissionais podem ser tratados como tais – e mais o secretário de Educação – Adalberto Ribeiro - , o secretário de Planejamento – Juliano Del Castillo - e o próprio governador Camilo atacavam o SINSEPEAP utilizando, via programa radiofônico, as tais “professoras”. Em determinado momento um repórter apareceu na Praça da Bandeira e falava ao vivo no programa quando o dito “jornalista” perguntou a ele se havia, pelo menos, vinte professores presentes? A resposta veio em gritos e aplausos dos, pelo menos, cem professores presentes naquele momento. Lembro que estávamos no início da concentração e nosso povo estava apenas começando a chegar. Uso a descrição desse fato para propor um nome a este movimento grevista que busca a aplicação do piso nacional salarial: A GREVE DOS 20. Poderia até ter começado com vinte, mas foi agregando tantos professores que hoje podemos afirmar que temos entre dois e quatro mil professores na rua e cerca de 85% das escolas paradas no Estado do Amapá. A adesão de muitos colegas se deve à forma como o governo vem tratando os profissionais da educação. Ameaças, tentativas de intervenção na instituição com solicitação de assembleia geral, pedido de ilegalidade da greve dentre outros. Porém o governo vem levando vários reveses judiciais. Primeiro foi a ordem de retirada da propaganda que exibia os contracheques, inclusive com reajuste que não foi dado a nenhum servidor. Na decisão judicial havia a ordem de retirar do ar a peça publicitária e se retratar ou então pagar multa. Como não houve retratação, conclui-se que o governador Camilo deve estar pagando multa para a justiça com o nosso dinheiro, é claro. O outro revés foi a decisão liminar, do desembargador Raimundo Vales, de considerar a greve legal citando, em sua sentença, o Supremo Tribunal Federal quando este se pronunciou sobre o direito de greve: “A greve, poder de fato, é a arma mais eficaz de que dispõem os trabalhadores visando à conquista de melhores condições de vida. Sua auto-aplicabilidade é inquestionável; trata-se de direito fundamental de caráter instrumental...”
Portanto, estamos sob a proteção do direito legítimo da Lei do Piso! Então: VAMOS À LUTA! VAMOS À GREVE! VAMOS À VITÓRIA!

Nenhum comentário:

Postar um comentário