O GEA e a mídia comprada no Estado do
Amapá
Entramos na quarta semana de greve dos
profissionais da educação no Estado do Amapá. Quando pensamos já ter visto de
tudo—professor motogreve ter arma apontada para sua cabeça em plena Avenida Fab
e apagão durante a realização do ato cultural promovido pelo SINSEPEAP—é que
somos surpreendidos pela mídia comprada do Amapá. Enquanto o ato cultural era
organizado, na segunda (30/04), no Palácio do Setentrião se orquestrava um
verdadeiro circo de horror. Professores carguistas do PSB junto com o
Secretário de Educação planejavam ações para desmoralizar o movimento de greve
dos profissionais da educação.
Uma dessas ações pode ser vista na
quarta-feira (02/05) em uma rádio local quando um grupo de professores,
liderados pela professora Carla Nobre (só para lembrar: ela é esposa de um
assessor direto do Secretário de Educação) e alguns ditos “professores”,
iniciaram um pedido de assembléia geral, aos gritos dentro da rádio, sem que
houvesse uma nova proposta para ser avaliada pelos sindicalizados.
Infelizmente, iniciou-se uma série de agressões contra a categoria
conjuntamente com o presidente do SINSEPEAP, que tentava, em vão, explicar os
motivos da não convocação da assembléia. Uma informação que deve ser de
conhecimento público é que outras
professoras envolvidas no episódio, estão com seus decretos de nomeação prontos
só para serem assinados no Palácio do Governo. Uma seria nomeada diretora
enquanto a outra seria nomeada diretora adjunta.
No entanto, o que mais chama atenção é
o espaço aberto por um certo radialista, que foi oposição ao governo do
Capiberibe pai, e agora defende com unhas e dentes o governo do Capiberibe
filho, abrindo todo o espaço para que os tais defensores da moral e dos bons
costumes pudessem ficar denegrindo a imagem de um movimento legal, pacífico e
justo. Por que será que ele age assim?
Vamos, então, aos fatos
1. Uma rádio que abre espaço para um grupo
falar mal do presidente do SINSEPEAP, que põe o Secretário de Educação
para pedir assembléia geral de uma instituição da qual ele não faz parte, tá
atendendo aos interesses de quem?
2. Uma rádio que, no dia seguinte, arma
uma “casinha” para os professores Lia Borralho e Jorge Garcia, que estiveram em
seu estúdio e, tiveram um tempo ínfimo para se expressarem. Tempo este que não
contemplava as respostas necessárias para o esclarecimento das situações
citadas pelo grupo de professores que estiveram no programa no dia anterior.
Além do mais, esses membros do comando de greve, tiveram suas palavras
deturpadas e utilizadas contra o movimento e a favor do governo. Então, essa
rádio está atendendo aos interesses de quem?
3. Um programa que destina quase todo seu
horário, de duas edições, para os asseclas do governo detonarem o movimento
grevista, está atendendo aos interesses de quem?
Por todos os fatos descritos acima é
que a companheira Lia Borralho solicitou, aos educadores, um boicote total ao
programa e à estação radiofônica que o retransmite. E, aqui neste espaço,
aproveitamos para declarar esses apresentadores, bem como sua rádio, INIMIGOS DA EDUCAÇÃO NO AMAPÁ.
Porém, esse episódio serviu, também,
para mostrar o quanto este governo está desesperado. O quão baixo eles se
propõem a ir, em nome de seus cargos, tentando desmoralizar trabalhadores em um
movimento sério, justo e legal. No entanto, estamos atentos à mídia vendida do
Estado do Amapá e prontos para responder aos ataques daqueles que se vendem aos
governos, atendendo aos interesses mais escusos em troca de favores pessoais.
O movimento, ao contrário do que o
governo esperava, se fortificou. Está como massa de pão, quanto mais se bate,
mais ela tufa. Então VAMOS
À LUTA! VAMOS À GREVE! VAMOS À VITÓRIA!
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